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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Uma tese de doutorado sobre Educação Domiciliar.

Posto aqui uma entrevista de 30' com Luciane Barbosa sobre sua tese de doutorado pela USP em Educação Domiciliar no Brasil.
Muito esclarecedora quando fala sobre socialização das crianças educadas em casa.
Vale a pena dar uma olhada!
http://www.youtube.com/watch?v=g1xRCuqO6EE&feature=youtu.be

Para aqueles que quiserem se aprofundar ainda mais, post a tese dela:


Eu, ensinar meu filho!!! Sou capaz?!?

Quando digo que meus filhos não vão à escola, as pessoas fazem uma associação direta: "Você é professora?". Sim, pois ensino meus filhos. E não. Não tenho título nem de pedagogia e nem licenciatura. "Como?!?".Conheço algumas famílias - e imagino que vocês também- que por perceberem que seus filhos não conseguiam se desenvolver bem dentro de sala, pelo motivo que fosse: desinteresse, dificuldade, tédio,  falta de atenção... Se adaptaram à situação e encontraram meios para facilitar o aprendizado deles. Em alguns casos, se não houvesse intervenção direta da família, a criança/ adolescente não chegaria a nenhum desenvolvimento básico. Como isso é possível? Muitas vezes por tentativas mescladas entre erros e acertos,  por buscas de informação, por estudo, por desejo e vontade de fazer com que aquele filho aprenda.
O carinho mútuo entre pais e filhos é uma das grandes vantagens do homeschooling. E aqui não estou desmerecendo os muitos bons profissionais de ensino que se dedicam de coração a seus alunos. Mas percebo um forte interesse das crianças quando explicamos algo, assim como  tentamos nos superar diante de tão grandes ouvintes, nossos filhos. 
O aprender-ensinar é uma realidade muito natural na família. Em geral o adulto explica o que sabe para os pequenos. Contamos as frutas, escolhemos entre cores, mostramos algo diferente, explicamos para que serve determinado objeto, ensinamos as letras do nome, lemos uma história.
Os não tão pequenos já se questionam coisas, tentam descobrir suas respostas, desenvolvem Hobbies, descobrem aptidão física para um esporte e aprendem a aprender. Isso acontece com o apoio da família, trocando experiências entre famílias,  pela mediação temporária de um tutor,  por vídeo-aulas, youtube... Os mais velhos se tornam autodidatas e responsáveis. 
Temos um mundo para oferecer a nossos filhos, mas estamos acostumados a delegar isso. E ao fazê-lo, começamos a duvidar de nossas próprias capacidades.




terça-feira, 29 de outubro de 2013

Tipos de paisagem e Pantanal

O capítulo de ciências trabalhado pelo Rafa foi sobre "Diferentes Lugares, diferentes Paisagens". Para complementar esta atividade, vimos um vídeo de quase 20 minutos sobre os animais do Pantanal.


Onça Pintada, tuiuiú, tamanduá bandeira, cateto, lobeto, anta, capivara e muitos outros bichos impressionaram as crianças com seus hábitos de vida. Animais terrestres que vivem em meio aos charcos do pantanal, formando uma imensa cadeia alimentar.

Com as mídias podemos oferecer aos nossos filhos muitas imagens e vídeos que ajudam o entendimento e ampliam o conhecimento. 

Coloco agora um outro link, desenho animado sobre o pantanal. 


O mais legal é ver os filhos brincando de imitar os bichos que aprenderam. :)


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Em casa... Isso é legal?!?

Outra pergunta muito comum está relacionada ao reconhecimento jurídico da educação domiciliar.
E digo, é legal! Nos dois sentidos da palavra...rs. É legal o aprendizado múltiplo e as conquistas da família. Mas também é legal juridicamente falando.  A Constituição Brasileira reconhece o direito e dever dos pais de instruírem ou escolherem o meio de instrução e formação que querem dar a seus filhos. O problema é não fazer nada, o que não é o caso dos pais educadores.
No site da Associação Nacional de Educação Domiciliar (ANED) há um parecer jurídico completo sobre a ED no Brasil. Coloco o link abaixo para aqueles que quiserem lê-lo na integra:


Mas, e na prática?!?
Na prática, não é ilegal, mas falta a regulamentação. Ou seja, cada família escolhe o currículo e a maneira querida para ensinar os filhos. Trocamos experiências entre os muito praticantes - mais de mil famílias- do homeschooling e vamos tendo um feedback direto do aprendizado das crianças. Sabemos que elas sabem ou o que não sabem, pois acompanhamos seus desenvolvimentos diariamente. *
Começar é difícil. Dá um frio na barriga. Mas o caminho de volta estará sempre aberto, pois as instituições escolares estão e estarão à disposição dos que quiserem. Se optarem por uma escola pública, podem até achar estranho e podem até questionar o por quê da não escolarização nos anos anteriores, mas se a criança está em idade da série e é capaz de acompanhá-la, não negarão a matrícula. O mesmo acontece com a escola privada. Pais dispostos a pagar e uma prova de nivelamento mostrando a capacidade do aluno seriam suficientes para a aceitação na escola. Em último caso, o adolescente com 18 anos completos e que acertar um X% do ENEM pode solicitar seu certificado do 2º Grau.

*Em outro momento falarei de algumas formas de registro. 

E termino citando Antonio Machado, poeta espanhol:

"CAMINANTE, NO HAY CAMINO,
SE HACE CAMINO AL ANDAR".




quinta-feira, 24 de outubro de 2013

E a Socialização?!?

Uma das primeiras coisas que perguntam quando dizemos que as crianças não vão à escola porque estudam em casa é essa: "E a socialização?"
Brinco dizendo que eles já são, por serem quatro, uma comunidade autônoma... rs . Quando estamos num parque ou pracinha, geralmente estão brincando e as outras crianças chegam para brincar com eles.
Normalmente se pensa que as famílias que optam pela educação domiciliar  fecham suas crianças a sete chaves dentro de casa. Pois é justo o oposto. Nós, pais educadores, estamos muito atentos a todos os tipos de atividades: cultural, social, educativa, esportiva e religiosa que está ao nosso alcance. As crianças aprendem se relacionando com diferentes pessoas, de diferentes idades e em situações e lugares distintos. Um aprendizado global e real!
As crianças que são educadas em casa têm seus pais por referência. Em geral, têm sempre um de seus progenitores ao lado. Com isso, se sentem amadas, seguras e confiantes para "explorarem" o mundo.

Estarei postando futuramente algumas atividades esporádicas ou regulares que fazemos com as crianças. Até mais!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013